Ioiô pequeno da várzea nova

R$10,00

Autor: Mario Leônidas Casanova
Editora: Clube do Livro
Ano: 1979

Peso 440 g
Dimensões 21 × 14 × 2 cm

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Ioiô Pequeno da Várzea Nova é um livro interessante, narrado na primeira pessoa, como se o autor incorporasse a vida e as lembranças do seu personagem – Agelisao Baptista Martins Soares -, o Ioiô Pequeno, filho do advogado e poeta José Leandro Martins Soares, nascido em Pacatuba, colega de turma de Tobias Barreto na Faculdade de Direito do Recife e companheiro de redação de José Jorge de Siqueira Filho, e do próprio Tobias Barreto em pequenos jornais recifenses, como O Vesúvio, editado em 1869. José Leandro Martins Soares dedicou-se, principalmente, à advocacia, em Aracaju e nas principais cidades do baixo São Francisco. Nascido no engenho Cadoz, em Pacatuba, em 5 de março de 1836, já formado fixou residência em Neópolis, então Vila Nova, de onde fez pequenas incursões, levado pela família, a outros lugares, morrendo em Aracaju em 4 de setembro de 1902. Nos anos 1880 e 1881 José Leandro Martins Soares foi vice-presidente da Província e exerceu, por pouco tempo, a presidência de Sergipe.

Ioiô Pequeno se tornou, no baixo São Francisco, um homem do povo, com suas tiradas, suas ações, seu apego à família, sua prodigiosa memória. Ao tomar Ioiô Pequeno como personagem, Mario Leônidas Casanova retratou a saga de uma família sergipana, enraizada no interior, e ramificada em vários lugares do Brasil. Tarefa difícil, porque baseada na memória corrente entre familiares, sintetizados numa única figura, ponte entre o passado de engenhos, fazendas, relações políticas e sociais, e os novos tempos, as perdas, saudades, constatações da velhice solitária.

Um livro germinal, nuclear, que dispensa enquadramentos. Bem feito, tecnicamente correto, apesar dos cuidados requeridos pela narração onisciente, Ioiô Pequeno da Várzea Nova é bem o que pode ser chamado de um livro sergipano. Personagens, cenários, fatos, que cobrem aproximadamente 50 anos de memórias, fazem do livro uma obra literária, cuja leitura garante enorme prazer. É o tipo do livro que deveria ser lido em voz alta, um por um os seus 98 pequenos capítulos, como um exercício de sergipanidade. Ioiô Pequeno é uma espécie de personagem plural, portador de memórias e saberes, desses que as literaturas consagram em todo o mundo, porque guardam parentesco ideológico, como portadores de estórias, experiências, valores, antes dos vínculos biológicos que marcam, a menor, as famílias.

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