Esta novela é a história simplíssima, porém linda, de um homem do povo que, depois de uma refeição desusadamente lauta, cai em sono pesado – em sono de digestão difícil – senão mesmo de indigestão.
Nesse sono, ele tem visões de fantasmas e duendes, de sombras que se imobilizam e falam, ou de luzes, que se movimentam e se conservam mudas, tudo relacionado com os sinos que ele sempre ouvia, com o casamento de sua filha que fora marcado para um dia de Ano Bom, e com o destino de uma criança, que ele passara a amar, e que era sobrinha de um perseguido pela sociedade, de quem se fizera amigo.
Por fim, o sono, ou o encantamento, rompe-se. O homem volta à vida real. E volta à vida real para ter, diante de seus olhos, o espetáculo da felicidade da sua família e da sua vizinhança.
E o mais curioso é que também o leitor compartilha dessa felicidade espontânea e sorridente, como se também ele se houvesse integrado na pequena comunidade à qual a festividade do Natal e do Ano Bom atira suas bênçãos e inculca a mais pura das alegrias.
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