Emocionante história de um cão que retorna à vida selvagem. Obrigado pelas circunstância a voltar ao seio da floresta, passa a viver entre lobos. Seu ladrido familiar e doméstico acaba por se transformar num “grito inarticulado da luta pela vida”.
Buck, cão domesticado é vendido e levado para o Alasca. Lá, percebe que além de ser forte é preciso se adaptar à vida selvagem, senão não haveria sobrevivência para ele. Aos poucos, Buck vai perdendo sua docilidade domesticadas para aflorar a ferocidade do seu antepassado. Morria-se o cão, renascia o lobo.
Jack London, como nenhum outro escritor, sabe descrever com naturalidade os sentimentos de um animal. Aqui, o que ele relata é o esmaecimento da docilidade do animal doméstico e o surgimento da ferocidade, tanto devido à sobrevivência, quanto ao instinto no meio selvagem. Contudo, com toda essa ferocidade, Buck, ao deixar de ser maltratado e tendo recebido do seu último dono amor, ele retribui, salvoguardando-o.
Com esse insólito personagem, Jack London desvendou aos mecanizados americanos do começo do século o acre e áspero odor do instinto e da vida em plena natureza.
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